terça-feira, 7 de maio de 2013

[Oneshot - Shoujo Kakumei Utena] A rosa

Este oneshot foi para o livro que minha escola fez em 2006! Ainda o tenho! Só que o texto fora modificado para parecer mais heterossexual! Mas ele está escrito de uma forma que o narrador não deixa claro seu sexo. Tanto que pela professora teria ficado como está aqui. Mas uma colega de turma leu o texto e apontou a interpretação de que o narrador poderia ser do sexo feminino.
Classificação: Livre.
Gênero: Yuri(?), angst, flashback, amizade.
Observações: Fanfic de Shoujo Kakumei Utena. Pode conter spoilers.



A rosa 

Certa vez estava eu mexendo nos livros de graduação, da época em que estudava. Deparei-me com o livro de quando cursei o segundo ano. Peguei-o com muita ternura e comecei a folheá-lo, chegando a uma determinada parte encontrei algo que me fez rolar lágrimas dos olhos. Uma rosa, mas não era uma qualquer, era a que Ela havia me dado naquele mesmo ano com um sorriso no rosto. Rosas às quais a muito não cuido, Ela as amava, bem como a mim.
Ainda me lembro da primeira vez que Ela tomou parte na minha vida, parece até que foi ontem. Naquela época eu era como um “bichinho de estimação”, ou seja, aqueles que me “possuíam” faziam o que bem entendesse de mim, eu não tinha vontade própria. Eles duelavam para me ter, era como um clube, então um dia Ela foi vingar sua amiga que havia sido envergonhada diante de todos e, ao invés de desejar “boa sorte” ao meu atual “mestre” o fiz a Ela. Desde então Ela venceu todos os duelos, não pela sua amiga, mas por mim. Houve apenas uma vez que Ela foi derrotada, porém Ela voltou e desafiou àquele que A derrotara, pela grande necessidade que tinha de me querer ao seu lado e pela grande amizade que nutria por mim. Venceu e não mais perdeu.
Meses foram passando, fazendo que brotasse em meu coração um sentimento, o qual eu não compreendia e a cada rosa que eu colocava em Seu peito para que fosse despedaçada, pois essa era a regra do duelo, quem despedaçasse a rosa do outro primeiro era o vencedor, eu desejava que aquilo acabasse. Mas, naquele fatídico dia que estava marcado para tudo acabar, fosse me acontecer uma tragédia. Quando o duelo final terminou, o chão começou a se romper e blocos de concreto cair precipício abaixo. Ela veio a mim correndo, tomou-me pela mão, mas já era tarde. Ela percebeu que eu ia cair, pegou a minha mão e me deu a rosa de seu bolso dizendo “Nunca se esqueça de mim, nunca te esquecerei, eu te amo”. Com um sorriso beijou-me a face e deixou-se cair. Neste momento percebi o que era aquele sentimento, eu a amava. Então gritei Seu nome o mais alto que pude.
Sempre me entristeço ao lembrar disso, no entanto alegro-me por ter conhecido tal pessoa que me fez tão feliz em um curto espaço de tempo. Sigo em frente com a rosa presenteada e uma lembrança que nunca morrerá. Então larguei o livro de recordações fui até o móvel peguei um retrato Dela, apertei contra meu peito e comecei a chorar.

Fim

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